DANIEL TORRES: CENÓGRAFO, ARTISTA PLASTICO E PRODUTOR CULTURAL

Daniel_torres -fotografia_Manoel_Paulo

Natural de Natal, tem 29 anos e reside atualmente em Ceará-Mirim.


  •  Inicio de sua carreira como cenógrafo

Sua primeira aproximação com a cenografia foi ao realizar murais/painéis de aniversários da família e amigos.
     A habilidade com o desenho, noções de dimensões e perspectivas contribuiu bastante. Ao ingressar na graduação em Tecnologia em Produção Cultural e vivenciar a disciplina de Fundamentos do Teatro Daniel Torres começou a imergir nas artes cênicas. Ao realizar sua primeira produção executiva de grande porte no Projeto Roda Teatro de circulação do Espetáculo GESTO,CASCUDO do Grupo de Teatro Casa da Ribeira em 2011, onde o espetáculo percorreu por nove cidades do RN, em que o cenário era formado por vários livros que ganhavam composições diferentes a cada lugar de apresentação, teve sua primeira aproximação mais direta com a montagem e desmontagem do cenário, apesar de sua principal função nesse projeto ser a produção executiva.
     O cenário em questão era de Edson Silva e Gustavo Wanderley, e quem era responsável por sua montagem era Francis Silrên, e a Daniel Torres coube "Se meter",em varias composições. A produção cultural levou ao lugar de "direção de palco" , uma preocupação com a logística que envolvia conhecer a cenografia e suas demandas, como por exemplo, as dimensões, os volumes, e peso da cenografia para viagem e seus dados para editais de festivais, etc.
     Assim, começou um estudo material, de observação de outros cenários ao assistir cada espetáculo, e até mesmo pesquisas.
    
  • Primeiro trabalho e matérias utilizados
     O primeiro trabalho foi em Lamatown onde o elemento de partida para criação eram tambores de ferro.

o   Espetáculo “Lamatown – Quando a lama virou mar” | Realização da Casa da Ribeira. Edital Natal em Cena 2014, da Fundação Cultural Capitania das Artes/Prefeitura Municipal de Natal

     Seus primeiros trabalhos com a cenografia tem uma relação muito forte com a sucata, por ser um elemento de "Fácil" acesso e custeio.
    Em LAMATOWN a ideia era construir algo que no "futuro" tudo fosse reaproveitado. Essa relação com a sucata deu-se com a aproximação do cenotécnico Valdemar da Ribeira, grande responsável pela execução de vários cenários em Natal, Valdemar era um dos seus parceiros de trabalho, que ajudava nas soluções cenográficas.
  •  Inspiração para montar seus trabalhos e como é trabalhado/pensado cada elemento até chegar ao resultado final

Em um pequeno questionário enviado a Daniel Torres por e-mail, elaborado por componentes desta pesquisa no dia 29 de julho de 2018, ele respondeu da seguinte forma:

  " Aprendi que a cenografia tem que ser funcional. Se não é utilizado em cena, não é necessário. O que venho aprendendo em cada processo é a necessidade de se estar junta nos ensaios dos atores. Ali observo seus experimentos e a necessidades de um objeto ou elemento. É até mais instigante ver o micro se transformando no macro. É uma troca! 
Por ser artista plástico e deter um repertório visual “sensível” sempre trago referencias das artes visuais. Na criação, o roteiro dramatúrgico e apontamentos da direção, já ditam uma temática ou momento em que se passa a encenação. É desse ponto de partida que inicialmente crio um banco de dados e imagens – pesquisa visual inicial." 
      E completou dizendo...
 “A cada ensaio o que já criado, ganha novas atribuições pelos atores e sua manipulação. Dessa manipulação vem os ajustes necessários acerca de tamanho, texturas, formas de segurança, para posteriormente um melhor acabamento enquanto unidade visual, cores. Faz se necessário que as peças estejam presentes e esteja a disposição à medida que os ensaios avançam. É armadilha para os atores e para o próprio cenógrafo, o cenário só esta pronto na semana da estreia.”  

  • Matérias fácil e atualmente utilizado em seus trabalho
     Atualmente ele faz a utilização de matérias mais baratos em função de pouca verba nas margens dos espetáculos. O mesmo acredita que seja uma forma viável que proporciona a estreia, uma forma de empreender e acreditar no espetáculo. 
     Os matérias no qual mais trabalhou vinharam da sucata (ferro), madeira (compensado Naval), tecido, alumínio, móveis antigos usados e também pesquisas nas redes sociais.

  • Trabalhos e participações 




o   Montagem do Espetáculo UM TEMPO DA CHUVA – Espaço Artístico a3 de Dança | Programa de patrocínio Banco do Nordeste Cultura (2017).




o   [PRODUÇÃO ARTÍSTICA E ASSISTENTE DE CENOGRAFIA – Cenografia Edson Silva] Espetáculo Teatral “A Estrada” | Realização da Casa da Ribeira.Edital Natal em Cena 2013, da Fundação Cultural Capitania das Artes/Prefeitura Municipal de Natal



o   Espetáculo TORTA DE MAÇA | Texto/ator – João Victor Miranda (2016)




o   [CENOGRAFIA COMPARTILHADA COM CLÉBIO OLIVEIRA] Espetáculo Pequeno Mundo Vermelho |Direção Clébio Oliveira - Anízia Marques Dança (2016)




o   Montagem Espetáculo POR QUE PARIS? Grupo Carmin (RN) | Projeto Circuito SESC das Artes Cênicas 2014.




Discente 

Leilson Felix 
Aline 


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